Cenário Econômico e Decisão do Copom
O cenário econômico brasileiro piorou desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro, levando economistas a preverem uma aceleração na alta dos juros. A expectativa é que a taxa Selic seja elevada em 0,5 ponto percentual, chegando a 11,25%. Fatores como a depreciação do real, expectativas de inflação desancoradas e um mercado de trabalho aquecido estão pressionando o Banco Central a adotar uma política monetária mais restritiva.
Impacto do Cenário Fiscal
O cenário fiscal do Brasil tem sido um dos principais fatores de preocupação. A deterioração fiscal impacta as expectativas do mercado, o prêmio de risco do país e a taxa de câmbio, além de ter efeitos indiretos sobre a inflação. Economistas destacam a necessidade de o governo sinalizar um comprometimento claro com a redução do ritmo de crescimento da dívida pública para melhorar a confiança do mercado.
Medidas Fiscais e Expectativas do Mercado
O mercado aguarda ansiosamente por medidas de ajuste fiscal prometidas pelo governo após as eleições municipais. A falta de clareza sobre essas medidas tem aumentado a ansiedade dos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, são vistos como figuras chave para convencer o governo da necessidade de uma política fiscal mais robusta.
Inflação e Perspectivas de Longo Prazo
A inflação no Brasil também tem acelerado, com o IPCA-15 de outubro acumulando uma variação de 4,47% nos últimos 12 meses, próximo ao teto da meta do Banco Central. Economistas da XP destacam que o fluxo de dados desde a última reunião do Copom reforça a necessidade de uma política monetária mais restritiva. A expectativa é que a Selic só volte a cair no final de 2025, dependendo da evolução do cenário econômico.
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